Alyssum murale é o nome científico de uma planta herbácea, perene, da família das Brassicaceae. Esta espécie é um a planta hiperacumuladora de níquel, tendo potencial para uso em fitorremediação, isto é, limpeza de solos contaminados com metais pesados.
O estudo é realizado por cientistas albaneses e franceses. Na Albânia, os agricultores cultivam com entusiasmo esta planta, antes considerada indesejável. As raízes da Alyssum murale retiram níquel do solo e podem armazenar até 2 % desse metal nos tecidos, segundo os pesquisadores.
Depois de colhidas e secas, as plantas cultivadas na Albânia são enviadas para um laboratório em França. Após a incineração da biomassa e vários processos químicos, os cientistas recuperam o sal e o óxido de níquel. Esses biominerais de alta qualidade permitem uma variedade de usos, coloração de cerâmicas ou lentes de óculos, componentes de baterias e outros catalisadores.
O custo do fabrico ainda não é capaz de competir com a extração tradicional, mas espera-se atrair fabricantes que desejam obter materiais de práticas mais amigas do ambiente. Lentamente esvaziados de metais, os campos estão a tornar-se mais produtivos e, as oportunidades oferecidas pela fitoextração são de grande interesse para os agricultores locais, podendo estes retirar mais dinheiro do que com plantas forrageiras.
Para melhorar a pegada de carbono, e com vista à economia circular, a equipa de investigação ambiciona poder um dia recuperar o metal em fábricas na Albânia.
Para ler na integra o artigo pode aceder em:
https://reporterre.net/L-Albanie-teste-l-agromine-la-depollution-des-sols-par-les-plantes