A pandemia COVID além de contribuir para a aceleração do comércio online de produtos alimentares, vem também incentivar à procura e a venda de novos produtos. Os consumidores alteraram os hábitos de compra, de acordo com a evolução dos confinamentos na Europa. Quanto mais restrições, mais trocas de supermercado e mais compras online.
O relatório elaborado pela A McKinsey & Company e pelo EuroCommerce sobre a situação do retalho alimentar em 2021” (The State of Grocery) analisou o comportamento das vendas e os hábitos dos consumidores no sector alimentar. As restrições impostas pelas autoridades de diferentes países europeus, afetou tanto os hábitos de consumo como a forma como os consumidores compram os produtos alimentares, levando a um crescimento drástico das vendas online.
Foram identificadas no relatório 4 tendências da indústria alimentar nos próximos anos:
1ª tendência: Procura crescente por produtos ecológicos e locais ou regionais, exigem uma gama mais vasta de produtos “saudáveis” (por exemplo, alimentos sem glúten, sem laticínios ou “isentos de”) e sustentáveis;
2ª tendência: Maior sensibilidade aos preços, os consumidores procuram produtos alimentares mais económicos e planeiam poupar dinheiro nas compras;
3ª tendência: Contínuo aumento das vendas online de alimentos. Cerca de 50% consumidores que utilizaram os canais digitais durante a pandemia pretendem continuar a fazê-lo. No caso de Portugal esta percentagem é de apenas 15% e mais de metade justifica-se pela preferência por contacto pessoal nas lojas;
4ª tendência: O regresso da restauração assim que as restrições vão sendo reduzidas, embora alguns consumidores tenham indicado que continuarão a (re)descoberta da comida caseira. A diminuição da procura de produtos alimentares em supermercados e outras superfícies de venda é um cenário reconhecido pelo próprio sector.
Este artigo vem de ‘Consumidores estão a comprar mais online e a exigir mais valor, maior variedade e produtos mais saudáveis’ da Revista Grande Consumo.