O lobo-ibérico recebe o seu nome por ser uma sub-espécie endémica da Península Ibérica. Devido à separação geográfica do seu congénere europeu (Canis lupus), o lobo-ibérico distingue-se deste por ser mais pequeno e por ter uma pelagem mais amarelo-acastanhada e menos cinzenta e por possuir listas negras na parte anterior das patas dianteiras.
Organiza-se socialmente em alcateias, que podem variar entre 2 e 10 indivíduos dependendo da altura do ano, e com hierarquias bem definidas. É um predador de topo, mas a diminuição do habitat do lobo e das suas presas selvagens, devido ao aumento de área agrícola e de pastoreio, pressiona o lobo a atacar o gado. Em Portugal, este predador baseia a sua dieta em ungulados domésticos (cabra, ovelha, vaca, cavalo ou burro), dependendo da sua disponibilidade na região.
Em Portugal a Lei de Proteção do Lobo Ibérico, confere-lhe proteção adicional à Lei internacional dada pela Convenção de Berna, a Diretiva Habitats e a CITES. No entanto, apesar de toda a proteção legal, o seu estatuto de conservação em Portugal é “Em Perigo”.
Iniciativas como o programa Cão de Gado do Grupo Lobo, pretende contribuir para a conservação do lobo-ibérico em Portugal, através da recuperação e promoção da correta utilização de raças nacionais de cães de gado como uma forma eficaz de proteger os animais domésticos.
Perceba aqui o que acontece num ecossistema sem lobos e saiba mais em “O lobo ibérico em Portugal – Sociedade Portuguesa de Ecologia (speco.pt)‘.