Principais pragas e doenças do castanheiro e o seu controlo
Como uma das pragas mais importantes no castanheiro, temos a vespa-das-galhas-do-castanheiro, a Dryocosmus kuriphilus que é considerada a praga com mais impacto a nível mundial. Foi detectada pela primeira vez em 2014 em Portugal continental e na Madeira. Aconselha-se a luta biológica com a vespa parasitoide, Torymus sinensis como forma de controlo.
O bichado-da-castanha é provocado pelo lepidóptero Cydia splendana. É também uma das pragas mais importantes e pode ser controlada pelo método de confusão ou de desorientação sexual. Baseia-se na emissão de feromonas desorientando os machos e evitando o seu acasalamento.
A doença-da-tinta provocada pelo fungo Phytophthora spp., encontra-se disseminada por toda a Europa, e apresenta enorme importância económica na cultura do castanheiro. A melhoria do solo com a introdução de matéria orgânica, como a cobertura do solo com matéria seca, é uma medida que podem minimizar o seu desenvolvimento. Solos com má drenagem, baixo teor de matéria orgânica, pobres em nutrientes e declives superiores a 8-10%, são algumas das condições favoráveis para o seu desenvolvimento. Quando se fazem mobilizações, as raízes com lesões provocadas por cortes constituem portas de entrada para o fungo, pois as raízes são superficiais.
Boas práticas culturais no souto
As fertilizações deverão ser adequadas e equilibradas, de acordo com o resultado de análise de terra ou folhas, macronutrientes (fósforo potássio cálcio magnésio) e micronutrientes (boro). As aplicações simples de azoto tornam a árvore mais sensível à doença-da- tinta. As mobilizações do solo devem ser evitadas ou reduzidas ao mínimo, pois provocam a compactação do solo e a rápida mineralização da matéria orgânica (M.O.). Como já foi dito anteriormente, destrói as raízes superficiais que são porta de entrada para fungos. Deve ser feito o enrelvamento do solo com ervas espontâneas ou de sementeira e o seu controlo através do pastoreio ou corte. As podas devem ser adequadas (menos ramos verticais e mais horizontais e inclinados) e os cortes devem respeitar as rugas dos ramos. Os cortes muito afastados formam cotos que acabam por apodrecer.
(continua)