Assiste-se por todo o mundo a fenómenos climáticos extremos que certamente aumentaram no futuro. São os picos de calor intenso, os períodos prolongados de seca, as fortes precipitações e outros fenómenos extremos.
A biodiversidade das espécies permite uma melhor resposta à pressão das pragas e doenças das culturas.
A produção agrícola tem de se adaptar a estas condições para resistir à pressão adicional das pragas, doenças e a variabilidade climática para garantir sistemas alimentares resilientes. Nas explorações agrícolas em modo produção biológico geralmente cultiva-se uma maior diversidade de espécies. Procura-se introduzir espécies de plantas e raças de animais adaptadas localmente e sustenta-se mais biodiversidade dentro e ao redor da área de produção.
Na agricultura biológica a saúde do solo é importante
A acumulação de matéria orgânica no solo promove um solo rico em microrganismos benéficos o que permite uma maior capacidade de captação e retenção de água, reduz a erosão, apoia a saúde das plantas e torna a produção biológica mais resiliente às mudanças das condições climáticas. O facto de a agricultura biológica utilizar leguminosas para fixação de azoto e adubo orgânico e não depender de fertilizantes sintéticos, torna o sistema menos dependente de
fatores de produção externos e de recursos não renováveis que muitas vezes consomem muitos combustíveis fósseis. O uso sustentável de
recursos, a diversificação dos sistemas de produção e a capacidade de auto-organização e inovação é essencial para a resiliência socioeconómica.
A diversidade de espécies de habitats potencializam a resiliência e adaptabilidade a condições climáticas adversas
A diversidade genética garante a adaptação às condições ambientais futuras e aos países estruturalmente ricos e a paisagem heterogénea promove a mobilidade e migração da fauna para novos locais mais adequados.
O rendimento das culturas em agricultura biológica pode ser muito superior quando comparáveis à gestão convencional. Por exemplo, conforme demonstrado em estudos, o rendimento do milho biológico foi de 137% e o rendimento da soja foi de 196% , durante os períodos de seca. Igualmente, o impacto positivo da biodiversidade também pode ser visto em prados ricos em espécies, que são mais estáveis em termos de rendimento durante os períodos de seca e têm maior duração de período de crescimento.
Fonte: Ifoam Organics Europe, “Organic agriculture and its benefits for climate and biodiversity “, Estudo Publicado em Abril de 2022